Museu da Ci�ncia - Universidade de Coimbra
Microscópio composto, Nollet, J.A., Leçons de Physique Expérimentale, Paris, 1764.
Microscópio composto, Nollet, J.A., Leçons de Physique Expérimentale, Paris, 1764.

Microscópio Composto

Formado por duas lentes convergentes, uma objectiva e uma ocular

O primeiro microscópio composto data do início do século XVII, sendo a sua descoberta atribuída quer a Zacharias Jansen (1588-1628) quer a Cornelius Drebbel (1572-1633).

Este aparelho era formado por duas lentes convergentes, uma objectiva e uma ocular, montadas nas extremidades de um tubo cilíndrico. Todavia, estes primeiros microscópios, não permitiam grandes ampliações e formavam aberrações cromáticas que dificultavam a observação dos detalhes.

Os microscópios compostos foram evoluindo com a introdução de sistemas de iluminação ou a adição de uma terceira lente junto à ocular, por Christiaan Huygens (1629-1695) e Johannes Havelke (1611-1687).

Posteriormente, por volta de 1820, o incremento de lentes acromáticas feito por Joseph Jackson Lister (1786-1869), permitiu resolver o problema das aberrações cromáticas que limitavam a nitidez das imagens. Lister descobriu, por exemplo, que os glóbulos vermelhos eram discos bicôncavos.

Desde a sua descoberta e até à actualidade, o microscópio óptico tem sido um pilar fundamental no avanço do conhecimento do infinitamente pequeno.