APODEROCERAS: OS SUBMARINOS DA PALEONTOLOGIA
As estruturas e geometrias da natureza são incríveis e por vezes se replicam. Mais extraordinário ainda é reconhecer numa rocha o vestígio de uma destas estruturas outrora “vivas”.
O espécime, cravado na rocha, que se encontra hoje entre as vitrinas do Gabinete de Curiosidades do Museu da Ciência, possui uma forma que nos faz lembrar distintos animais, um caracol, um búzio, um caramujo ou até mesmo um náutilo. Assemelha-se a este na sua estrutura e geometria, contudo, trata-se de um Apoderoceras, um molusco da família das amonites.
Extinto há aproximadamente 66 milhões de anos, no final do Cretácico, o Apoderoceras era um predador. Um cefalópode com olhos, tentáculos e concha em espiral. Sua concha e tentáculos permitiam uma excelente capacidade natatória. Com conchas que podiam chegar a 2 metros de diâmetro, as amonites possuíam capacidades de deslocação horizontal e vertical semelhantes a um submarino, com dispositivos de flutuação hidrostática e expulsão de água sob pressão.
O estudo e a conservação deste e de outros fósseis são muito importantes para percebermos como foi a evolução da vida no nosso planeta.
Nº de inventário: MIN.T003943
Idade: Pliensbachiano Inferior (Jurássico Inferior)
Proveniência: Serra de Montemor-o-Velho
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