Museu da Ci�ncia - Universidade de Coimbra
Conferência

20 de Setembro
a 13 de Dezembro, 2011

MILPLANALTOS

O projecto Milplanaltos nasceu em Abril de 2011 com o objectivo de se tornar um espaço de constituição de linhas de fuga entre disciplinas, de criação de conexões entre domínios, eles próprios dinâmicos e conectivos. Esta estratégia implica a realização de ligações entre arte, literatura, filosofia e ciência.

Pretendeu-se, desde o início, reunir contribuições múltiplas. Estas contribuições seriam colocadas em diálogo, potenciado por encontros mensais que obedeceriam a um cronograma.

As diversas sessões têm vindo a ser gravadas e estão disponíveis online aqui.

Milplanaltos entretanto cresceu, estendeu-se a outras instituições, e é agora uma parceria Centro de Investigação em Antropologia e Saúde (CIAS), Casa da Escrita e Museu da Ciência da Universidade de Coimbra.

Durante o ano lectivo 2011/2012, Milplanaltos alterna mensalmente entre o Museu da Ciência e a Casa da Escrita.
Os eventos contam com uma cobertura multimédia que será colocada online na página de cada parceiro.



PROGRAMA GERAL

20 de Setembro | 17H00
ESTALEIROS PERFORMATIVOS, UMA APROXIMAÇÃO INTERDISCIPLINAR À CURADORIA
Inês Moreira
A pesquisa curatorial contemporânea explora diversos processos e formatos, que vão do evento, à exposição, à instalação/dispositivo, a formatos mais imateriais, como textual, relacional, ou outros modos de transferência visível/experiencial/audível. Este projecto assume que a curadoria (enquanto pesquisa e prática) perturba, lê e reescreve ensamblagens existentes, produzindo novos objectos alterados. Propomos uma noção processual e transformativa de conhecimento curatorial, diferindo de exercícios expositivos com objectos originais estabilizados, colecções, arquivos, ou outras práticas expositivas baseadas na cultura material.

Local: Anfiteatro do Museu da Ciência
 

25 de Outubro | 17H00
A METÁFORA EM CIÊNCIA: BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA COMPUTAÇÃO
Ernesto Costa  
Matéria, vida e consciência são o objecto de estudo de diversas ciências que o homem foi criando ao longo dos tempos. Cada uma destas ciências adoptou os  seus modelos interpretativos, focados seja em entidades individuais, autónomas (visão cartesiana), seja em colectivos de entidades que interagem entre si, ou sociedades emergentes (visão holística). Matéria, vida e consciência não existem todavia isoladamente, pois não há consciência sem vida, nem há vida sem matéria: relacionam-se entre si como as bonecas matrioskas. Natural pois que muitos dos modelos científicos criados para explicar uma realidade resultem de projecções metafóricas de modelos de outra(s) realidade(s). Os computadores são entidades (artificiais) de um novo tipo, sendo que muitos se interrogam hoje sobre a sua natureza e as suas possibilidades. Estão na origem de uma nova ciência, a Ciência da Computação. Nesta apresentação, iremos procurar mostrar como é possível transferir modelos criados para explicar processos biológicos para as ciências da computação.  Em particular, mostraremos como a Biologia, as suas teorias e modelos, tem sido usada para criar modelos computacionais vocacionados para a resolução de problemas de elevada complexidade.

Local: Casa da Escrita

22 de Novembro | 17H00
O QUE PODE A ARTE E/OU A CIÊNCIA FAZER PELA ARTE?
Marta de Menezes
Nos últimos doze anos tenho trabalhado em investigação e prática artística na intersecção da arte e ciência. Mas qual é a diferença entre a prática e a investigação em arte? Acredito que para resolver estas questões e outras questões relacionadas com a pratica das artes, o seu desenvolvimento e o seu papel no meio académico e do conhecimento em geral é útil considerar a realidade de outras actividades criativas que implicam muita investigação em simultâneo com actividade prática para o seu desenvolvimento.
Creio que a ciência, e em particular aquele ramo que conheço melhor - a biologia, pode ser considerada um bom exemplo de onde os artistas podem assimilar ideias e aprender. Estou assim convicta que a ciência – como investigação, prática e aplicação – nos oferece um exemplo muito valioso de integração para a investigação em arte e sua educação dentro do sistema académico das universidades em toda a Europa, como complemento à existente teoria e história da arte.
Na minha palestra vou falar da minha experiência pessoal como artista e como investigadora que trabalha maioritariamente em ambientes de investigação em biologia.

Local: Museu da Ciência

13 de Dezembro  | 17H00
PARA QUE SERVE UM FILHOTE DE ROBÔ SE ELE NÃO PASSAR O TESTE ALVES DOS REIS PARA A INTELIGÊNCIA INSTITUCIONAL?
Porfírio Silva
Local: Casa da Escrita

 

PARCERIA
Centro de Investigação em Antropologia e Saúde (CIAS)
Casa da Escrita