Museu da Ci�ncia - Universidade de Coimbra
Conferência

15 de Janeiro
a 9 de Julho, 2013

MILPLANALTOS

O projecto Milplanaltos nasceu em Abril de 2011 com o objectivo de se tornar um espaço de constituição de linhas de fuga entre disciplinas, de criação de conexões entre domínios, eles próprios dinâmicos e conectivos. Esta estratégia implica a realização de ligações entre arte, literatura, filosofia e ciência.

Pretendeu-se, desde o início, reunir contribuições múltiplas. Estas contribuições seriam colocadas em diálogo, potenciado por encontros mensais que obedeceriam a um cronograma.

As diversas sessões têm vindo a ser gravadas e estão disponíveis online aqui.

Milplanaltos entretanto cresceu, estendeu-se a outras instituições, e é agora uma parceria Centro de Investigação em Antropologia e Saúde (CIAS), Casa da Escrita e Museu da Ciência da Universidade de Coimbra.

PRÓXIMA SESSÃO | 9 DE JULHO

O ARQUIVO INCOMPLETO
Ana Pires Quintais

Partindo da noção de “archival impulse” de Hal Foster (2004) e da de “pós-memória” de Marianne Hirsch (1997), passando pelo “mal d’archive” de Jacques Derrida (1995) e por Austerlitz (2001) de W. G. Sebald, reflecte-se sobre a ideia de arquivo e pós-memória na arte e literatura contemporâneas através da análise de uma imagem da série Terezín (2010), do fotógrafo português Daniel Blaufuks.

Biografia:

Ana Pires Quintais é mestre em Psicologia e doutoranda em Linguagens e Heterodoxias pela Faculdade de Letras e Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. Actualmente encontra-se a escrever a sua dissertação de doutoramento na qual explora as relações entre literatura, imagem e pós-memória na obra artística de Daniel Blaufuks.
Últimas publicações:
(no prelo). “Tracing an Absent Memory: Jonathan Safran Foer’s Everything Is Illuminated and Susan Silas’s Helmbrechts Walk 1998-2003″. In Discourses That Matter. Cambridge Publishing Scholars.
(2013). “Postmemory and Art in the Urban Space”. In Nancy Duxbury (Org.) Rethinking Urban Inclusion. Spaces, Mobilizations, Interventions. Cescontexto – Debates, no. 2. Coimbra: Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, pp. 505-511.

Local: Museu da Ciência da Universidade de Coimbra
Horário: 16H00
Entrada Livre

PROGRAMA GERAL

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15 DE JANEIRO | CIBERNÉTICA, SOCIEDADE E SOCIALISMO

Hermínio Martins

Hermínio Martins foi professor nas Universidades de Leeds, Essex e Oxford, professor visitante nas Universidades de Harvard e Pennsylvania, e investigador-coordenador convidado no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa.
Emeritus Fellow em St. Antony’s College (Universidade de Oxford), e investigador honorário do ICS-UL.
Tem livros publicados em Portugal, como por exemplo, Hegel, Texas e outros ensaios de teoria social; Classe, status e poder e outros ensaios sobre o Portugal contemporâneo (Imprensa de Ciências Sociais); Experimentum humanum –civilização tecnológica e condição humana (Lisboa, Relógio d’ Água, 2011).
Mais recentemente publicou o artigo Empresas, mercados, tecnologia – Uma perspectiva biográfica, na revista portuguesa NADA, no. 16, 2011, pp. 16-39.

Local: Casa da Escrita
Horário: 16H00
Entrada Livre

19 DE FEVEREIRO | DO ATELIER DO CORVO

Carlos Antunes

«(…) os trabalhos do Atelier do Corvo materializam poesia, especialmente na proposta do concurso para uma escola primária na zona do Sahel (2002). Aqui, o dito Momento Português relaciona-se com o abrigo sensível, de fácil construção e clara compreensão para o utilizador final. As propostas mais interessantes do Atelier do Corvo são aquelas em que, não seguindo os cânones correntes, é percorrida uma fronteira preclitante entre a abstracção significativa e o contexto imediato, formalmente perceptível. (…)»

Wilfried Wang, “O Momento Português”, no catálogo da exposição Arquitectura: Portugal fora de Portugal, organizada pela Ordem dos Arquitectos, por solicitação da Presidência da República, para acompanhar Sua Excelência, o Presidente da República Aníbal Cavaco Silva, na visita a Berlim.

Local: Museu da Ciência da Universidade de Coimbra
Horário: 16H00
Entrada Livre

19 DE MARÇO | SOMOS TODOS MESTIÇOS: CONSIDERAÇÕES FILOSÓFICAS SOBRE O DIÁLOGO INTERCULTURAL

João Maria André

João Maria André nasceu em 1954 em Monte Real, Leiria. Licenciou-se em Filosofia na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (1979), tendo-se doutorado pela mesma Faculdade com uma dissertação intitulada Sentido, simbolismo e interpretação no discurso filosófico de Nicolau de Cusa. É professor catedrático, ensinando nas áreas de Filosofia e do Teatro, e Diretor do Departamento de História, Arqueologia e Artes. É autor, entre outros livros, de Renascimento e Modernidade: do poder da magia à magia do poder (1987), Sentido, simbolismo e interpretação no discurso filosófico de Nicolau de Cusa (1997), Pensamento e afectividade (1999), Diálogo intercultural, utopia e mestiçagens em tempos de globalização (2005) e Multiculturalidade, identidades e mestiçagem: o diálogo intercultural nas ideias, na política, nas artes e na religião (2012). Além da docência e da investigação, tem desenvolvido também a sua actividade como animador cultural, nomeadamente através da tradução, dramaturgia e encenação na Cooperativa Bonifrates de Coimbra e no Teatro Académico de Gil Vicente, de que foi Director de 2001 a 2005.

Local: Casa da Escrita
Horário: 16H00
Entrada Livre

9 DE ABRIL | DE QUE FORMA É QUE AS IDEIAS PODEM SER PERIGOSAS HOJE?

Boaventura Sousa Santos

Boaventura de Sousa Santos é Professor Catedrático Jubilado da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e Distinguished Legal Scholar da Faculdade de Direito da Universidade de Wisconsin-Madison e Global Legal Scholar da Universidade de Warwick. É igualmente Director do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra; Coordenador Científico do Observatório Permanente da Justiça Portuguesa.
Dirige actualmente o projecto de investigação ALICE – Espelhos estranhos, lições imprevistas: definindo para a Europa um novo modo de partilhar as experiências do mundo, um projeto financiado pelo Conselho Europeu de Investigação (ERC), um dos mais prestigiados e competitivos financiamentos internacionais para a investigação científica de excelência em espaço europeu.
É co-coordenador científico dos Programas de Doutoramento:
- Direito, Justiça e Cidadania no Século XXI
- Democracia no Século XXI
- Pós-Colonialismos e Cidadania Global.
Tem trabalhos publicados sobre globalização, sociologia do direito, epistemologia, democracia e direitos humanos. Os seus trabalhos encontram-se traduzidos em espanhol, inglês, italiano, francês e alemão.

Local: Casa da Escrita
Hrário: 16H00
Entrada livre

30 DE ABRIL | CEGO DE TANTO VER? O OLHAR DO ESPECTADOR DE CINEMA, HOJE.

Abílio Hernadez Cardoso

Nesta sessão pretende-se abordar:
“O gesto fundador do cinema e a construção do espectador enquanto sujeito do olhar.
O desaparecimento do grande ecrã e da sala de cinema enquanto espaço único de receção do filme e a multiplicação crescente de ecrãs omnipresentes de todas as dimensões.
As mutações que esta evolução provocou no filme e na sua relação com o espectador.
A cinefilia ainda existe?
Que acontece ao olhar do espectador?
Ver tanto pode afetar esse olhar?”


Local: Casa da Escrita
Horário: 16H00
Entrada Livre

21 DE MAIO | O NÚMERO DE OURO: DE CAMÕES A ALMADA NEGREIROS

Carlota Simões

A proporção áurea ou razão de ouro aparece regularmente na Arte desde pelo menos o Séc. V a.C., quando o arquitecto Phideas a utilizou na concepção do Parténon. Desde então, este número tem surgido pela mão de artistas de diversas épocas e formas de arte, seja na pintura de Giotto, na música de Bartok, na poesia de Camões, na arquitectura do Iluminismo, nas construções de Le Corbusier ou nas obras de Almada Negreiros.
Data de 1509 a obra De Divina Proportioni de Luca Paciolli. Pedro Nunes refere-a nos seus livros, e pode tê-la feito chegar a Camões, que, alegadamente, terá utilizado a razão de ouro na sua obra. Finalmente, e celebrando os 120 anos do nascimento de Almada Negreiros, iremos conhecer a sua obsessão com as proporções - entre as quais o número de ouro - culminando na última obra da sua vida, Ode à Geometria.


Local: Museu da Ciência da Universidade de Coimbra
Horário: 16H00
Entrada Livre

18 DE JUNHO | SUPER-HERÓIS, CIDADANIA E NAÇÃO: O MITO AMERICANO, PODER E MODERNIDADE

Cláudia Pinto

Cláudia Pinto está a terminar a dissertação de doutoramento em Estudos Americanos na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, onde trata, entre outras coisas, do papel da literatura do fantástico na construção da nação americana. Nos últimos 6 anos tem escrito e apresentado trabalho académico e científico sobre temas e obras do fantástico e de ficção científica na área dos Estudos Literários anglófonos. Da sua participação em congressos dedicados ao Fantástico e à Banda Desenhada destacam-se a 1a Conferencia Portuguesa de Banda Desenhada (2011) e a First International Conference on Comic Books and Graphic Novels (Univ. fr Alcalá de Henares, 2011). Mais recentemente, tem no prelo o artigo “Superhero identity in a Postnational context”, na antologia Discourses that Matter (Cambridge Publishing Scholars)
Descreve-se como uma “geek”, perseguidora do “uncanny” freudiano e uma acérrima defensora da imaginação como forma de pensar o mundo.


Local: Casa da Escrita
Horário: 16H00
Entrada Livre

9 DE JULHO | O ARQUIVO INCOMPLETO

Ana Pires Quintais

Partindo da noção de “archival impulse” de Hal Foster (2004) e da de “pós-memória” de Marianne Hirsch (1997), passando pelo “mal d’archive” de Jacques Derrida (1995) e por Austerlitz (2001) de W. G. Sebald, reflecte-se sobre a ideia de arquivo e pós-memória na arte e literatura contemporâneas através da análise de uma imagem da série Terezín (2010), do fotógrafo português Daniel Blaufuks.

Biografia:

Ana Pires Quintais é mestre em Psicologia e doutoranda em Linguagens e Heterodoxias pela Faculdade de Letras e Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. Actualmente encontra-se a escrever a sua dissertação de doutoramento na qual explora as relações entre literatura, imagem e pós-memória na obra artística de Daniel Blaufuks.
Últimas publicações:
(no prelo). “Tracing an Absent Memory: Jonathan Safran Foer’s Everything Is Illuminated and Susan Silas’s Helmbrechts Walk 1998-2003″. In Discourses That Matter. Cambridge Publishing Scholars.
(2013). “Postmemory and Art in the Urban Space”. In Nancy Duxbury (Org.) Rethinking Urban Inclusion. Spaces, Mobilizations, Interventions. Cescontexto – Debates, no. 2. Coimbra: Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, pp. 505-511.


Local: Museu da Ciência da Universidade de Coimbra
Horário: 16H00
Entrada Livre