Museu da Ci�ncia - Universidade de Coimbra

Ciência Polar e Educação

Qual a linguagem ideal para divulgar Ciência junto do grande público em qualquer país do Mundo?

26 – 28 de Março| Universidade de Coimbra

 

Durante o último Ano Polar Internacional, entre 2007 e 2009, Portugal afirmou-se no mundo a vários níveis e foi reconhecida como caso de excelência cientifica e educacionalmente. Por isso mesmo, alguns dos mais reputados cientistas e educadores polares do mundo, incluindo David Walton (British Antarctic Survey) e Louise Huffman (programa ANDRILL, dos Estados Unidos da América), deslocam-se ao nosso país para conhecerem as ferramentas que garantiram o sucesso da comunicação da ciência polar junto das escolas, dos mais jovens e do público em geral.

O encontro, a decorrer entre os próximos dias 26 e 28 de março, no Instituto do Mar e no Museu da Ciência da Universidade de Coimbra, reúne 40 cientistas, professores do ensino básico e secundário e educadores convidados especificamente para esta workshop, de mais de 10 países, entre os quais (além de Portugal) Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha e Canadá.

O objetivo, explica José Xavier (Instituto do Mar da Universidade de Coimbra), cientista polar e organizador desta workshop, «é reunir cientistas que trabalham nas regiões polares com professores do ensino secundário e educadores para, em conjunto, definirem uma estratégia para a educação e divulgação da ciência nas escolas, usando a ciência feita nas regiões polares como exemplo». José adiciona que «pretende-se lançar as bases para a criação de um modelo de divulgação da Ciência Polar que possa ser aplicado em qualquer escola, em qualquer país do mundo. É uma área fundamental da educação e onde ainda há muito a fazer porque a linguagem dos cientistas nas Universidades continua a ser muito pouco percetível nas escolas e para o grande público».

No encontro sobre Ciência Polar e Educação, alguns cientistas polares portugueses e estrangeiros vão apresentar os últimos resultados científicos sobre o que se passa nas regiões polares, por exemplo, como os pinguins estão a lidar com as alterações climáticas, os efeitos do aquecimento global no planeta, o degelo nas regiões polares e o buraco do ozono de um modo claro e acessível a todos. De seguida, professores do ensino secundário e educadores vão interagir com os cientistas e avaliar, conjuntamente, como podem “transformar” essa linguagem científica em linguagem apelativa para os seus alunos e para o público em geral.


Doutor José Xavier é doutorado pela Universidade de Cambridge (Reino Unido), e actualmente é investigador do Instituto do Mar da Universidade de Coimbra e investigador convidado da British Antarctic Survey, colaborando com investigadores de mais de 10 países. Foi um dos principais responsáveis nacionais pela implementação de um programa cientifico e educacional no Ano Polar Internacional, e por esforços institucionais para Portugal assinar o Tratado da Antárctida. José faz investigação na Antárctica desde 1997. É  membro dos programas internacionais ICED (Integrating Climate and Ecosystem Dynamics in the Southern Ocean) e CAML (Census of Antarctic Marine Life), fazendo parte da Scientific Committee do ICED. As áreas principais de investigação de José é o comportamento de predadores de topo (pinguins, albatrozes e focas) no Oceano Antárctico em relação às alterações climáticas, com numerosas publicações cientificas em jornais internacionais.  Foi o mais jovem investigador a ganhar o prémio internacional Marta T. Muse pelo seu trabalho de excelência na ciência e politica na Antárctica.



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